Pascoa
Faberge, Imperial easter eggs and Gatchina

Modelismo em Pedras e Metais Preciosos

Os Ovos de Páscoa FABERGÉ: Homenagem a um mestre


Ariel Schneider

A edição especial de aniversário dos 10 anos do periódico Arte & Modelismo traz uma homenagem a Peter Carl Fabergé, criador dos mais famosos ovos de Páscoa que se tem notícia.

A escolha deste assunto se deu por algumas razões: ser uma fascinante mostra de criatividade no mundo da joalheria; comemorar o décimo aniversário do Arte & Modelismo com um assunto bastante “dourado”; mostrar que mesmo na área das jóias o que se nota é o preciosismo das miniaturas, não deixando de ser um tipo de modelismo; trazer ao conhecimento geral uma tênue comparação, embora sejam produtos de chocolate com miniaturas em plástico, madeira, papel e metais inferiores, os ovos Kinder Surpresa, da Ferrero, Itália; e por final, respeitando-se os direitos de criação Fabergé, não se pode descartar que Uwe Koch, alemão, construtor modelista e engenheiro desenhista, e Heiri Roth, suíço, desenhista industrial, quando passaram a criar e desenhar as miniaturas dentro de ovos de chocolate Kinder Surpresa, da fábrica Ferrero, na Itália, sessenta anos depois, não tenham se inspirado em Fabergé que maravilhava a mãe a esposa e as filhas do czar para saberem da “surpresa” que estava em cada ovo de Páscoa imperial.

“Desde que todos fazem o “tradicional” objeto de Páscoa, eu decidi ser
diferente, e faço um bocadinho em volta do “guru” dos
adornados ovos de Páscoa”.
Peter Carl Fabergé

Ovo da Ferrovia TransiberianaPeter Carl Fabergé, nascido em 18 de maio de 1846, em São Petersburgo, Rússia, filho de um joalheiro instalado na mesma cidade em 1842, tendo sido educado na Alemanha, Itália, França e Inglaterra, visitando oficinas joalheiras as mais famosas. Sua obra é sinônimo do fim da era czarista, pois as mais famosas criações eram construir os 57 ovos de Páscoa. Em 1870 Carl Fabergé continuou a tradição de seu pai.

Assistido por seus filhos e com a sociedade encabeçada pelo artesão suíço François Berbaum, Fabergé adquiriu reconhecimento como um brilhante desenhista, especializando-se em materiais preciosos e semi-preciosos como ouro, prata, malaquita (pedra de cor verde folha), jade, lápis-lazúli e diversas outras gemas.

Além dos ovos de Páscoa impe-riais, sendo o mais famoso o da carruagem imperial ou Ovo da Coroação de 1897, Fabergé produziu acessórios para escritório, animais em miniaturas, broches, cigarreiras, peças combinadas com metais e madeiras raras, e muitos outros maravilhosos objetos. Em 1905 abriu uma oficina em Kiev, Rússia e em 1906 em Londres, Inglaterra. A oficina de Fabergé logo ficou famosa pelas obras-primas esquisitas e engenhosas como flores, grupo de figuras, bibelôs, animais e sobretudo os celebrados ovos de Páscoa imperiais, os quais eram dignos de prêmios pelos russos e outras realezas através da Europa e da Ásia.

Em 1854, o imperador Alexandre III fez a encomenda do primeiro dos ovos para sua czarina e Nicolau II, seu sucessor, continuou a tradição.

As oficinas (joalherias) de Fabergé criaram e produziram trabalhos de imaginativa delicadeza até a Revolução Russa em 1917. Daí seu mundo acabou pois o novo governo não tolerava qualquer objeto de luxúria.

Peter Carl Fabergé morreu no exílio, em Lausanne,na Suíça, em 1920. (AskSharon Inc., Britannica Online e Yahoo Encyclopédie).

NOTA: H. C. Bainbridge foi durante 30 anos o íntimo, adjunto e “embaixador” de Carl Fabergé na Europa, o mais famoso joalheiro da corte na História, muitas vezes mencionado como o “Cellini do Norte” (1). O senhor Bainbridge teve a única experiência de encontro e sabedoria, como ele encantadoramente se expressava: “ ... todos os reis e todas as rainhas, todos os multi-milionários, todos os mandarins e todos os marajás, todos os duques e todas as marquesas, todos os condes, viscondes, barões e baronetes”.

Como é que Fabergé tinha muitos “encontros” reais, eu nunca indaguei. Sem dúvida, de nenhum deles. Primordialmente, está claro, porque Fabergé foi o joalheiro da corte dos czares Alexandre III e Nicolau II.

Fabergé foi um gênio agitado, sempre em busca de alguma coisa na qual ventilava a sua criativa habilidade, e nesta procura seus clientes o ajudavam. Ora, não se pode dar um colar de pérolas para uma rainha ou um diamante para um Rothschild (2), ou um rubi para um Greville (3); eles têm de tudo !

Isto foi o que inclinou Fabergé sobre a sua procura e foi exatamente o que o fez supremo. Ele fez todos aqueles ma-ravilhosos artigos de fantasia, aqueles bibelôs para mesa, que fizeram a sua fama no mundo. Fabergé tornou-se o primeiro na Rússia a fazer objetos de elegância, gosto e sentimento; seu trabalho tornou-se conhecido no mundo todo com um estilo próprio: FABERGÉ.

Mas não somente como um mestre de estilo fez Fabergé merecer um nicho no pilar da fama; ele deu para duas novas artes, esmaltagem sobre ouro e prata e lapidação, e a aplicação de ambos ao nível de excelência. O Renascentismo destas técnicas no século dezenove e no início do século XX foi amplamente devido a Fabergé. As suas cigarreiras, esmaltadas sobre ouro e prata são incomparáveis. Suas flores talhadas em pedras preciosas e semi-preciosas quase transcendem as naturais em seus delicados rendilhados e beleza de forma; e seus animais que mostram detalhes com requintes de vida.

Com um catálogo de sucessos, foi na Exposição Internacional Universal em Paris, em 1900, que Fabergé foi aclamado Mestre de Ourivesaria de França na capital do país do qual, 215 anos antes, seus perseguidos ancestrais haviam fugido.

Naquela exposição as imperatrizes Alexandra Feodorovna e Maria Feodorovna emprestaram para exibição toda a coleção de ovos de Páscoa, dados a elas pelos imperadores Alexandre III e Nicolau II. Eram talvez as mais finas peças que Fabergé jamais fizera; sobre eles Fabergé elogiou cada artífice de desenho, habilidade do artífice e mecanismo. Diga-se mecanismo porque dentro de alguns ovos havia dispositivo mecânico que sugeria um quebra-cabeça à perícia do mais experiente relojoeiro para conseguir abri-los. Fabergé construiu 49 ovos ao todo.

A Páscoa foi, como se sabe, uma grande data nos dias czaristas na Rússia. Cada um beijava cada um e dizia: “Cristo está ascendendo” e recebia em resposta: “Verdadeiramente Ele está ascendendo”. E cada um dava ao outro um presente. Os ovos de Páscoa conquistaram o primeiro lugar como símbolo da idade do ouro de “Ressurreição”, “Nova Vida” e “Esperançoso”. Tudo era adaptado para a forma deles, como o primeiro ovo de Páscoa Imperial veio a ser um romance em si mesmo.

Fabergé era um artista em muitos caminhos e seu único presente foi um hábil gênio para a criação de correta situação que provocava em seus patrões o desejo de possuir alguma coisa que, para o momento, tinha apenas formado em sua mente. Quando Fabergé propôs ao imperador Alexandre III, por volta de 1885, que para a próxima Páscoa presenteasse a imperatriz, ele produziria um ovo com alguma surpresa dentro dele, o czar ficou todo ansioso para saber o que era. Para manter um imperador em ansiedade, pôde facilmente provar um perigoso procedimento, mas Fabergé manteve o seu segredo: e armando um gracejo, produziu o que foi, por toda a aparência, um comum ovo de galinha, contendo uma série de surpresas, lavrado em ouro e platina, gemas preciosas e esmalte.

O czar ficou tão deleitado que deu a Fabergé uma ordem permanente para fazer um ovo em cada Páscoa, e um ajuste foi fechado entre o imperador e o artífice. Depois foi dado uma carta-branca para Fabergé fazer tudo quanto captasse sua idéia, e o imperador não fez perguntas; o centro do acordo seria que cada ovo deveria ter alguma surpresa em seu interior.

Durante a vida de Alexandre III apenas um ovo foi produzido em cada ano, e foram dados para a czarina Maria Feodorovna. Porém, desde o tempo que Nicolau II assumiu, dois ovos foram feitos cada ano: um para ser dado para a czarina Alexandra, sua esposa, e outro para a sua mãe, a imperatriz viúva Maria. Cada ovo de Páscoa, anualmente, era uma grande surpresa para a Família Imperial. Hoje, como resultado do original gracejador, há 49 ovos imperiais, os quais por talento, perícia e beleza de desenho, não é exagero afirmar, ultrapassa qualquer coisa de um gosto da essência que tenha até agora vindo da oficina de um ourives.

Nunca entrou em minha cabeça que qualquer destes tesouros deixariam os limites do Império Russo onde eles ficaram cuidadosamente guardados junto com as demais jóias da Coroa dos Romanov. Entretanto, o destino interferiu contrariamente. A revolução que sacudiu a Rússia em 1917 produziu ocorrências muito estranhas. Durante a fome de 1921, um jovem e rico físico norte-americano, Armand Hammer, veio à Rússia como socorrista voluntário e levou para fora do país a maior parte das peças da coleção particular da Fabergé existente hoje. Um conhecedor de arte, o Dr. Hammer logo viu que os soberbos tesouros de uma grande dinastia estavam sendo arrastados ao esquecimento. Junto de pinturas dos grandes mestres, Hammer guardou diversas centenas de peças das mais finas criações de Fabergé, como as preciosas jóias, fascinantes animais de pedras semi-preciosas, ícones, esmaltes e uma grande variedade de bibelôs. Através de negociações diretas com o governo, o Dr. Hammer foi também hábil para comprar 11 inestimáveis ovos de Pácoa imperiais de Fabergé, os quais foram encontrados junto com outras jóias da Coroa, quando o Palácio Imperial caiu nas mãos do governo recém-instalado. Alguns destes junto com outros ovos imperiais emprestados por Sua Majestade víuva, rainha Maria e a grã-duquesa Xênia, foram a grande atração na Exibição Imperial Russa realizada em 1935, na Praça Belgrave, Londres.

De todos os trabalhos de Fabergé, os ovos de Páscoa imperiais estão despertando o maior interesse hoje. Por todo o tempo eles são um monumento para o propósito e a perícia de seu mestre.

  1. Benevenuto Cellini (1500-1571), ourives e escultor italiano,tendo destaque com seus famosos galheteiros.

  2. Rothschild, tradicional e milionária família inglesa.

  3. Greville, família francesa.

  4. Maria Feodorovna, nascida princesa Dagmar da Dinamarca, esposa do czar Alexandre III.

  5. Alexandra Feodorovna era alemã, casada com o czar Nicolau II.

 

Os Ovos Imperiais FABERGÉ

Tradução e condensação Ariel Schneider

O primeiro ovo (The First Egg)

The First Egg

O primeiro ovo da série foi “um comum ovo de galinha, contendo uma série de surpresas, lavrado em ouro e platina, gemas preciosas e esmalte”. Sugestão de Fabergé para que Alexandre III presenteasse a czarina Maria Feodorovna, em 1855.

O segundo ovo (The Second Egg)

The Second Egg (Hen Egg)

O segundo ovo Fabergé, criado em 1866 para Alexandre III, como um presente para a sua esposa imperatriz Maria. O ovo tem 64 milímetros de comprimento, contendo uma galinha com olhos de rubi. No interior da galinha continha uma coroa em miniatura.

O ovo da Ressurreição (The Resurrection Egg)

The Resurrection Egg

 

O ovo de rocha de cristal transparente está assentado sobre uma base quádrupla canelada é colorida esmaltada em um desenho inspirado na Renascença de translúcidos arabescos verde, vermelho e azul entre cintas de esmalte branco fosco ponteado com esmalte vermelho. A base destaca quatro pérolas e almofadas de diamantes rosa e oito diamantes lapidados. A base suporta uma enorme pérola que é ligada ao ovo de cristal com um encaixe de ouro. A cena da Ressurreição montado dentro do ovo representa Cristo ascendendo da tumba, flanqueado por dois anjos com asas em lilás. As figuras são esmaltadas em cores foscas completamente naturais. Toda a cena está contida dentro do ovo sendo os dois hemisférios seguros e unidos por uma cinta de diamante rosa. Este foi apenas o segundo ovo da série de ovos imperiais que não tinha surpresa dentro. É também o único ovo imperial Fabergé com a direta referência à Sagrada Páscoa, pois foi criado para ser apenas observado. Presenteado por Alexandre III para a sua esposa imperatriz Maria Feodorovna, na Páscoa entre 1885 e 1890.

O ovo do coelho (The “Rabit” Egg)

The “Rabit” Egg

 

Este ovo de Páscoa imperial criado por Peter Carl Fabergé é em três cores de ouro e safira translúcida azul esmaltada, sobremontado por uma coroa imperial com safiras e diamantes. Abre-se para revelar a figura em ágata de um coelho com olhos de rubi. Supõe-se que tenha sido presenteado pelo czar Alexandre III para a sua esposa czarina Maria Feodorovna entre 1885 e 1890, mas muitos afirmam que tenha sido presenteado entre 1890 e 1894.

O ovo do cruzador Azov (The Azov Egg)

The Azov EggThe Azov EggThe Azov Egg

 

O ovo tem padrão em ouro e volutas rococó decoradas com diamantes. Esculpido em uma peça só-lida de jaspe heliótrope, decorado em estilo de Luís XV. O fecho consiste de um rubi e dois diamantes. O interior do ovo é linhado com veludo verde. O ovo contém uma réplica exata do cruzador Pamiat Azov, feito em ouro e platina, com janelas em pequenos diamantes. O nome “Azov” aparece na popa do navio, que descansa em uma placa de água-marinha representando a água. A placa tem uma borda dourada envolvendo o modelo para remoção de dentro do ovo. Presenteado pelo czar Alexandre II para a sua esposa czarina Maria Feodorovna, na Páscoa de 1891.

O ovo “Cáucaso” (The Caucasus Egg)

The Caucasus Egg

Multicoloridas grinaldas em ouro sustentadas por maciços nodosos encurvados em diamantes, compõem este ovo de ouro, recoberto com vibrante esmalte rubi arredondado sobre superfície ornamental . Um extraordinário diamante no alto, uma gema emoldurada, coroa o ovo; um outro completa a base.

Representando vistas de minúsculas montanhas retratadas no Cáucaso, onde o grão-duque George, irmão mais jovem de Nicolau II, devido a sua saúde precária, gastou grande parte de sua vida. As miniaturas foram executadas e assinadas por Krijitski, são mostradas abrindo-se as quatro portas circundadas de pérolas em volta do ovo. Cada uma destas “portas” comporta um numeral do ano em diamantes. Feito em 1893 para a czarina Maria Feodorovna.

O ovo de 1894 Renascimento (The Egg of 1894 - Renassaince)

The Egg of 1894 - Renassaince

Esculpido de um bloco de ágata leitosa, este ovo foi montado horizontalmente sobre uma base de ouro esmaltado. É fascinante como um porta-jóias. Capricho individual e padrão linear no Renascimento com grande efeito, são jeitosamente combinados na aplicação de rótulas de ouro ponteadas por diamantes e rubis nas fendas; esmeralda, rubi e lápis-lazuli esmaltados em voluta e desenho convencional.

Um rendilhado em leque com diamantes na tampa, inclui um medalhão de rubi esmaltado com ornamentação variada com repetidos motivos ramais em esmaltes coloridos. O ano é em diamantes. A heráldica com cabeças de leões em ouro, cada um formando a extremidade das alças (pegadores). A fechadura é garantida por um minúsculo trinco de ouro e diamante, enquanto o engate é um aro desenvolvido em padrões de ouro floral em esmalte branco fosco. A surpresa que originalmente fazia parte do ovo, provavelmente uma grande jóia, está desaparecida. Presenteado para a czarina Maria Feodorovna por Alexandre III, na Páscoa de 1894.

O ovo do Botão de Rosa (The Rosebud Egg)

The Rosebud Egg

Este ovo ficou quase desconhecido por décadas. Foi o primeiro presenteado à esposa Alexandra pelo czar Nicolau II. Uma miniatura do Czar Nicolau II está no alto do ovo e o ano está colocado na parte inferior em diamante. O ovo abre para revelar um botão de rosa amarelo, que por sua vez, ao ser girado, revela duas pequeninas surpresas: uma miniatura da coroa imperial e um ovo de rubi como pingente. Como a coroa e o pingente de rubi são quase iguais do primeiro ovo imperial (o que parecia um ovo de galinha), estas duas surpresas estavam separadas do ovo antes de ter sido vendido pelo governo soviético nos anos 20, o que são, até o presente, quase desconhecidos. Presenteado por Nicolau II para a sua esposa czarina Alexandra Feodorovna, na Páscoa de 1895.

O ovo dos doze monogramas (The Twelve Monogram Egg)

The Twelve Monogram Egg

 

Em 1855 Alexandre III iniciou um costume de presentear sua esposa Maria Feodorovna a cada Páscoa com ovo criado por Fabergé. Iniciando com este particular ovo, seu sucessor Nicolau II continuou a familial tradição. Fileiras de diamantes dividem o ovo em 12 painéis. A cifra coroada de Alexandre III e Maria Feodorovna, assentada em diamantes, abastece ainda uma simples e elegante decoração em contraste ao esmalte azul escuro. Somente debaixo de alta exposição instrumental ótica é possível notar a técnica de esmaltamento. As áreas para aplicação do esmalte foram esculpidas do ouro, recobertas com finas tiras de ouro vermelho que formam o desenho das folhagens. A olho nu parece que o desenho em ouro foi pintado sobre a superfície ovóide.

O ovo dos Palácios Dinamarqueses (The Danish Palaces Egg)

The Danish Palaces Egg

Uma safira principal dentro de um cacho de diamantes rosa e uma coroa de louros cinzelada em ouro sustenta este ovo colorido em ouro que é esmaltado em translúcido rosa, em um padrão de repetidos crucifixos. O ovo é dividido em doze painéis por ampla cinta, consistindo cada um de uma cinta de diamantes rosa dentro do ovo e uma contínua coroa de louros em ouro cinzelado que o envolve. Uma esmeralda está presa em cada interseção das linhas de diamante rosa. Um biombo dobrável, de pinturas em miniatura emolduradas em ouro multicolorido é abrigado dentro do ovo. Pintado sobre madrepérola, oito dos dez painéis são pintados palácios e residências na Dinamarca, onde a imperatriz Maria passa a sua infância. Presenteado por Nicolau II para a sua mãe a imperatriz viúva Maria Feodorovna, na Páscoa de 1895.

O ovo da Coroação (The Coronation Egg)

The Coronation EggThe Coronation Egg

 

O ovo da Coroação é um daqueles ovos especiais com alguma coisa no interior. Este translúcido esmalte amarelo limão lembrava o manto dourado usado pela imperatriz em sua coroação. Sobreposto está gravado o campo onde está incluído uma coroa de louros em ouro esverdeado com folhas entrelaçadas, formando uma gaiola. Cada seção contém em seus cruzamentos uma águia imperial de ouro com esmalte preto e aposto um diamante rosa. Como se isto não fosse suficiente, Fabergé continuou a cumplicidade incluindo um grande retrato cercado por 10 diamantes no alto e no botão do ovo. O monograma da imperatriz pode ser visto da mesa desta pedra. A surpresa no interior deste maravilhoso ovo é a exata réplica da carruagem imperial usada em 1896 na Coroação de Nicolau e Alexandra em Moscou, com uma placa trançada de diamantes e ouro, onde está inscrita a data. Em ouro amarelo e morango em colorido esmalte translúcido, a carruagem é encimada pela coroa imperial em diamantes rosa e seis águias de duas cabeças no teto; ela está equipada com janelas esculpidas em cristal de rocha e descansos em platina. Em cada porta uma águia imperial em diamantes. Presenteado à imperatriz Alexandra Feodorovna por Nicolau II em 1897.

O ovo do pelicano de ouro (The Gold Pelican Egg)

The Gold Pelican Egg

 

Coincidindo com a celebração do centenário das instituições de caridade sob a proteção da Imperatriz da Rússia, este ovo de ouro está gravado com as datas comemorativas “1797-1897” e com os motivos das Artes e das Ciências.

O ovo é feito de ouro e ornamentos entalhados. Este é um dos poucos ovos que não é esmaltado na maior parte de sua superfície. Sobrepondo o ovo em esmalte está a estrutura de diamante que suporta um pelicano com filhote, em diamantes e esmalte branco opalescente, um símbolo da maternidade, representando ainda as doutrinas da Crença Cristã, da Caridade e do Sacrifício. A surpresa é que o ovo, quando tirado de seu suporte, pode ser aberto para mostrar um anteparo de miniaturas em marfim, oito painéis ovalados, cada um orlado em pérolas, feitas por Zehngraf, reveladoras das instituições de caridade que a viúva imperatriz era protetora, fundadas principalmente para a educação de meninas. Presenteado por Nicolau II para a sua mãe viúva imperatriz Maria Feodorovna, na Páscoa de 1897.

O ovo dos lírios-do-vale (Lilies of the valley Egg)

Lilies of the valley Egg

 

O ovo é esmaltado em ouro translúcido rosa sobre um campo de ornamentos vazados e suportado por quatro pernas cabriolé em ouro verde fosco, composto de diamantes rosa cobrindo as nervuras das folhas. O ovo está encimado por uma coroa imperial de um diamante rosa e rubi, com dois arcos recortados por quatro linhas de diamantes rosa e decorado com lírios-do-vale em pérolas e diamantes rosa.

A surpresa deste ovo no estilo “art-nouveau” é um trio de retratos em miniatura do Czar Nicolau II em uniforme militar e das suas primeiras filhas Olga e Tatiana, grã-duquesas, pintados por Johannes Zehngraf, que se levanta do ovo quando um botão de pérola é girado. A data está gravada no verso das fotos em miniatura. Presenteado por Nicolau II para a sua mãe czarina viúva Maria Feodorovna, na Páscoa de 1898.

O ovo de 1899 ou da Senhora Lily (The Egg of 1899 - Madonna Lily)

The Egg of 1899 - Madonna Lily

The Egg of 1899 - Madonna LilyThe Egg of 1899 - Madonna LilyThe Egg of 1899 - Madonna Lily

 

Este ovo tem a forma de um relógio com um mostrador giratório. O ovo colorido a quatro cores em ouro é esmaltado translúcido em amarelo narciso-dos-prados e ricamente ornado com diamantes. Ele está assentado sobre uma plataforma de ônix decorada com arabescos fixados em ouro colorido, rosetas e o ano em diamantes, desenhado como um vaso com volutas em ouro vermelho servindo como suporte extra a cada lado. A cinta do mostrador que divide o ovo é esmaltada em branco fosco com a numeração em algarismos romanos em diamantes e as horas são marcadas pela ponta de uma flecha em um arco retesado. A borda em ouro do vaso é cinzelada como um cacho de buquê de rosas; um ramalhete de lírios “Madonna” esculpido em quartzita e cada engaste com diamantes rosa emerge do vaso. Uma chave de ouro era usada para dar corda ao mecanismo. Presenteado pelo czar Nicolau II para sua esposa czarina Alexandra Feodorovna, na Páscoa de 1899.

O ovo da Estrada-de-Ferro Transiberiana (The Trans-Siberian Railway Egg)

The Trans-Siberian Railway EggThe Trans-Siberian Railway Egg

 

O ovo de prata com tampa com dobradiça é decorado com esmalte colorido e montado sobre uma base de ônix. Um mapa da Rússia está gravado com a rota São Petersburgo a Vladivostok da Estrada-de-Ferro Transiberiana na parte central, que também tem a inscrição: “A rota da Grande Estrada-de-Ferro Siberiana no ano de 1900”. Cada estação é marcada por uma pedra preciosa. Um cinturão em esmalte verde translúcido em volta do ovo, decorado com encaixes em esmalte azul e laranja. A tampa do ovo é movida por dobradiça, tem um revestimento de esmalte verde e é decorado com folhas de acanto marchetadas. A heráldica com a águia em três lados em lâminas de prata e ouro eleva-se da tampa, mostrando uma coroa. O ovo é suportado por três grifos Romanov fundidos em ouro laminado e prata, cada um brandindo uma espada e um escudo. A base é de ônix branco em forma de um triângulo com os lados entalhados, cantos arredondados. Uma lâmina de ouro e de prata, em forma de trança, está embutida na base.

Dentro do ovo está escondido, seção por seção, uma miniatura réplica do Expresso Transiberiano. A locomotiva e tender em platina e ouro e cinco carros em ouro; o farol é de rubi. Os cinco carros são em ouro com as janelas de cristal de rocha. Os carros são denominados: “Correio”; “Somente para Senhoras”; “Fumantes”; “Não fumantes”. O último carro é designado “Capela”. As seções podem ser conectadas para formar um trem que corre quando a corda da locomotiva é acionada com uma chave de ouro na altura das rodas de impulsão. Presenteado por Nicolau II para a sua esposa a imperatriz Alexandra Feodorovna, na Páscoa de 1900.

O ovo cuco (The Cuckoo Egg)

The Cuckoo Egg

 

O estilo barroco do ovo cuco, feito como um relógio de mesa é um dos seis ovos de Páscoa imperiais automatizados, criados por Fabergé. Quando um botão é empurrado, a grade no alto do ovo levanta-se para fazer surgir um galinho que emerge cocoricando e batendo suas asas. O relógio é em amarelo fosco, ouro verde e vermelho, esmaltado opalescente branco e violeta translúcido em ornamental vazado em zig-zag, incrustado com pérolas e diamantes rosa. O mostrador, que está emoldurado por pérolas sobre ouro vermelho polido, é esmaltado com trifólios verde esmeralda translúcido, e os números em diamante rosa são sobre um esverdeado pálido com esmalte branco opalescente dentro de um aro esmaltado branco fosco. Um desenho de folhas em amarelo ouro decora a parte central na qual os ponteiros, em ouro vermelho, giram. O ovo é suportado por uma elaborada base com três diamantes rosa, por uma haste central e por três montantes, em branco opalescente esmaltado. Quando um botão na parte de trás do relógio é pressionado, uma grade circular perfurada em ouro se abre e um cuco, emplumado com penas naturais, com olhos de rubi, pernas em ouro, eleva-se coroando uma plataforma em ouro, com o bico e as asas movendo-se autenticamente, até o cocorico terminar, descendo outra vez para dentro do ovo. Presenteado pelo czar Nicolau II para a sua mãe czarina viúva Maria Feodorovna, na Páscoa de 1900.

O ovo do Palácio Gatchina (The Gatchina Palace Egg)

Imperial Gatchina Palace Egg

 

Gatchina PalaceAs técnicas renovadas do século XVIII, de Fabergé, incluindo a aplicação de múltiplas demãos de esmalte translúcido sobre ornamentos vazados ou mecanicamente ouro gravado, está demonstrado na concha do ovo. Quando aberto, o ovo revela uma réplica em miniatura do Palácio de Gatchina, a principal residência da imperatriz viúva Maria Feodorovna fora de St. Petersburgo.

Tão meticulosamente foi o artífice de Fabergé, Mikhail Perkhin, em executar o palácio que se pode perceber detalhes como canhões, uma bandeira, a estátua de Paulo I, e elementos da paisagem, inclusive jardins com flores e árvores. O czar Nicolau II presenteou este ovo para a sua mãe Maria Feodorovna, no dia da Páscoa de 1901.

O ovo do trevo (The Clover Egg)

The Clover EggThe Clover Egg

 

Este simples modelo de caule e folhas de trevo faz a configuração de um ovo. Parece ser tecido de diminutos fios dourados que representa uma pintura muito expressiva. As fendas entre o metal em linhas irregulares das folhas são cobertas com esmalte transparente verde brilhante. Uma tira muito fina dourada pavimentada com rubis encrespados, aqui e ali, por entre a rica folhagem. O esmalte transparente foi um método novo na arte. Foi muito difícil criá-lo. Usualmente o artista usou uma liga muito uniforme de esmalte porque não tendo o suporte poderia rachar quando do aquecimento ou quando do resfriamento. Pode-se ver como o trabalho com esmalte em obra-prima é perfeito. Não há bolhas ou rachaduras no esmalte. Este ovo é considerado um dos mais finos exemplos de qualquer outro joalheiro no mundo.

A surpresa do ovo tinha sido perdida, mas conforme os arquivos eram quatro folhas com 23 diamantes e quatro retratos em miniatura das filhas do imperador, fixadas dentro do ovo. Estas folhas (de trevo) são o símbolo do casamento feliz de Nicolau II e Alexandra Feodorovna. Este ovo foi o presente de Páscoa de Nicolau II para a sua esposa, a imperatriz Alexandra, na Páscoa de 1902.

O ovo de Pedro, o Grande (The Peter the Great Egg)

The Peter the Great Egg

 

Servindo a dois papéis, este ovo também marcou o bi-centenário da fundação de São Petersburgo em 1703. Executado em ouro em extravagante estilo rococó, as curvas são assentadas com diamantes e rubis. Os juncos são cinzelados em ouro verde. A surpresa é quando o ovo é aberto, um mecanismo levanta uma miniatura de Pedro, o Grande, cópia do monumento em Neva. Assentado sobre uma base de safira. Presenteado por Nicolau II para a sua esposa, a imperatriz Alexandra na Páscoa de 1903.

O ovo do Kremlin em Moscou (The Moscow Kremlin Egg)

The Moscow Kremlin Egg

The Moscow Kremlin Egg

 

Um modelo estilizado do palácio do Kremlin de Moscou sobre um pedestal em ônix branco. No centro do modelo está a Catedral da Anunciação em forma de um ovo de esmalte branco transparente. O domo (cúpula) da catedral é feito em ouro polido. Através de uma das janelas da catedral pode-se ver a pintura que mostra as decorações interiores. O modelo é uma espécie de caixa de música com uma chave de ouro para dar corda. Presenteado pelo Impera-dor Nicolau II para sua esposa Alexandra, na Páscoa de 1906.

O ovo do Palácio de Alexandre (The Alexanderpalace Egg)

The Alexanderpalace EggThe Alexanderpalace Egg

 

O ovo é de nefrite (uma variação de jade) adornado com cinco camafeus das crianças do Imperador Nicolau II e contém uma réplica do palácio de Alexandre em Tsarskoe Selo. As seções superior e inferior do ovo são ornadas com diamantes triangulares formando as iniciais A F (Alexandra Feodorovna) e folhas douradas e flores compostas de rubis e diamantes. O restante da superfície do ovo é dividido por cinco linhas verticais ornamentadas com diamantes e ligadas por uma outra por grinaldas embutidas com flores rosa e rubis. Nos espaços entre as linhas verticais estão cinco miniaturas ovais de retratos dos filhos do Imperador Nicolau II, feitas em aquarela sobre um monograma de diamantes - as primeiras iniciais da criança representada. De dois ramos de ouro enlaçados pende o retrato de cada criança.

Dentro do ovo, no lado oposto de cada retrato está gravado a data de nascimento de cada uma delas: Olga Novembro 3, 1895; Tatiana Maio 29, 1897; Maria Junho 30, 1899; Anastasia Junho 5, 1901; Alexei Julho 30, 1904. A réplica do Palácio Alexandre e seus jardins contíguos está escondida dentro do ovo. Executado em ouro tintado e esmalte, o modelo está preso a um pedestal rotativo com cinco pequenas pernas conectadas a um botão. A inscrição “O Palácio em Tsarskoe Selo”, incluída em uma coroa de louros, está gravada na base. Presenteado pelo Imperador Nicolau II para sua esposa a Imperatriz Alexandra, na Páscoa de 1908.

O ovo do iate Standart (The Standart Egg)

The Standart EggThe Standart Egg

 

O ovo de cristal está montado horizontalmente em ouro sobre ursos. A inscrição “Standart 1909” está na borda da armação (pedestal). Uma réplica exata em ouro do iate Standart descansa dentro do ovo sobre uma base oval de cristal de rocha representando o mar. Presenteado pelo czar Nicolau II para esposa Imperatriz Alexandra na Páscoa de 1909.

O ovo de Alexandre III (The Alexander III Egg)

The Alexander III EggThe Alexander III EggThe Alexander III Egg

 

O ovo contém a réplica em ouro do monumento a Alexandre III. O ovo é esculpido de uma rocha de cristal e encoberto com um rendilhado em platina salpicado de rosas. Um grande diamante sobrepõe o ovo e está gravado com o ano “1910”. O diamante está assentado em uma cinta de pequenas rosas com um florão de platina de folhas de acanto. As duas cabeças de águia nos lados do ovo têm coroas de diamantes. Foi presenteado pelo czar Nicolau II para sua mãe Maria Feodorovna, na Páscoa de 1910.

O ovo do 15o Aniversário ao trono (The Fifteenth Anniversary Egg)

The Fifteenth Anniversary Egg

Feito para comemorar o 15o Aniversário da subida ao trono do czar Nicolau II, o ovo está decorado com miniaturas pintadas por Vassilii Zniev representando o czar e a czarina, seus filhos e os maiores eventos do reinado. Presenteado por Nicolau II para sua esposa, Imperatriz Alexandra, na Páscoa de 1911.

O ovo da laranjeira (The Orange Tree Egg)

The Orange Tree EggThe Orange Tree Egg

 

A surpresa escondida dentro da laranjeira é um pássaro mecânico que emerge cantando quando a “laranjeira” é girada. Presenteado pelo czar Nicolau II para sua mãe Maria Feodorovna na Páscoa de 1911.

O ovo Napoleão (The Napoleon Egg)

The Napoleon Egg

 

Para comemorar o Centenário da vitória da Rússia sobre os Exércitos de Napoleão em 1812, foi encomendado este ovo para o czar Nicolau II presentear a imperatriz mãe viúva Maria Feodorovna, na Páscoa de 1912. A surpresa é uma série de molduras em miniatura celebrando a vitória do príncipe Kutuzov sobre Napoleão en 1812, pintadas por Vassily Zuiev.

O ovo dos Romanov (The Romanov Egg)

The Romanov EggThe Romanov Egg

 

O ovo, com oito retratos em miniatura dos czares Romanov. O interior do ovo está linhado com esmalte opalescente sobre um globo terrestre. Este globo rotativo, de aço e esmalte azul escuro está seguro dentro do ovo e mostra os territórios da Rússia em 1613 e 1913, representados em ouro. Presenteado pelo czar Nicolau II para sua esposa czarina Alexandra, na Páscoa de 1913.

O ovo de Catarina a Grande (c)

Catherine the Great Egg

Henrik Wingström, o último artesão de Fabergé, criou este ovo para Nicolau II para presentear sua mãe Maria Feodorovna, na manhã da Páscoa de 1914. Vasilii Zuiev, um desenhista empregado pela firma, pintou o monocromo em esmalte rosa, um painel com cenas em miniatura alegórica das artes e ciências do artista francês François Boucher. De acordo com uma carta de Maria Feodorovna para sua irmã a rainha Alexandra da Inglaterra, a surpresa neste ovo foi uma liteira mecânica carregada por dois negros, com Catarina, a Grande, sentada nela. (até hoje acha-se desaparecida). Para reproduzir Catarina, a Grande, que se orgulhava ela própria de ser a patrona das artes e ciências, como parte da surpresa é certamente a manutenção com este elaborado estilo e imaginação do ovo.

O ovo da Cruz Vermelha (The Red Cross Egg)

The Red Cross EggThe Red Cross Egg

 

O ovo da Cruz Vermelha é feito com esmalte branco e tem uma cruz vermelha com a pintura da grã-duquesa Tatiana como uma enfermeira. No interior do ovo há pequenos ícones do Salvador. O ovo foi presenteado por Nicolau II para a sua esposa a imperatriz Alexandra Feodorovna na Páscoa de 1915

O ovo de aço (c)

The Steel EggThe Steel Egg

 

O ovo de aço com desenho superposto por uma coroa de ouro descansa sobre quatro projéteis de Artilharia. É dividido em três seções por duas linhas horizontais polidas. No meio do corte em ouro marchetado está uma imagem de Jorge, o Conquistador, na forma de um diamante contornado por uma coroa de louros, o emblema russo, consistindo de uma águia de duas cabeças sob as três coroas; e o monograma da czarina Alexandra Feodorovna, também cercado por uma coroa de flores. Sobre o cavalete há uma armação em esmalte ouro e branco ostentando o emblema da Ordem de São Jorge. O cavalete suporta uma pintura em miniatura em marfim por Vassily Zuiev representando o czar Nicolau II e seu filho na frente de batalha. Presenteado por Nicolau II para sua esposa Alexandra, na Páscoa de 1916.

 

Fontes:

http://andrejkoymasky.com/ 
http://fr.encyclopedia.yahoo.com/articles 
http://www.clemusat.com/exhibit/faberge/ 
http://www.fortunecity.com/ 
http://www.geocities.com/EnchantedForest 
http://www.pbs.org/treasuresoftheworld  
http://gatchina3000.ru/eggs
http://users.vnet/schulman/Faberge/eggs

 

Agradecimentos ao Marcos Manuel Gonçalves que provocou esta pesquisa sobre Fabergé isto ainda em 1999.

 



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